Disclaimer: Isso não é uma crítica ou uma opinião. São apenas anotações que fiz enquanto assistia ou pensamentos aleatórios sobre roteiro ou direção.
Antes de eu mostrar minhas anotações, vou comentar do artigo do The New Yorker sobre o filme Roma. Ele fala sobre a falta de voz na protagonista. A Cleo falava muito pouco, não expressava sua opinião ou seu ponto de vista perante o que tava acontecendo. Algo comum quando cineastas intelectuais fazem filmes sobre trabalhadores de classe mais baixa.
“In the process, he turns the character of Cleo into a stereotype that’s all too common in movies made by upper-middle-class and intellectual filmmakers about working people: a strong, silent, long-enduring, and all-tolerating type, deprived of discourse, a silent angel whose inability or unwillingness to express herself is held up as a mark of her stoic virtue.”
https://www.newyorker.com/culture/the-front-row/theres-a-voice-missing-in-alfonso-cuarons-rom
Bom, vamos lá:
A cena que ela conta que tá grávida e o namorado diz que vai ao banheiro e nunca mais volta é interessante:
Só ela conseguiu fazer a posição:
Tanto a trama A quanto a trama B tinham assuntos semelhantes. O namorado de Cleo a abandonou grávida e o marido da patroa também saiu de casa deixando a mulher com as crianças e com pouco dinheiro:
Interessante (tudo bem que é um pouco de coincidência) que na loja que ela estava o assaltante era o pai do filho dela:
A cena do nascimento e da perda do bebê foi uma cena forte:
A cena do afogamento é muito angustiante. Claramente vai dar merda quando ela começa a se afastar. E aí ela vai entrando na água e nada de vermos as crianças. E antes ela já tinha dito que não sabia nadar.
O filme era em preto e branco, até a logo da Netflix: