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Adriano Schmidt

Anotações sobre roteiro, cinema, séries e comédia

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Paulo Morelli – Palestra na O2 Filmes

Posted on 08/12/201819/01/2019 by adrianoo

Hoje (06/12/2018) felizmente a O2 Filmes fez uma transmissão ao vivo de uma palestra do Paulo Morelli.

Gostei muito da palestra! Eu fiz várias anotações, então compartilho aqui o vídeo da palestra e abaixo o meu resumo.

 

https://www.facebook.com/o2filmes/videos/343868419732633/

Premissa/logline

Paulo comenta bastante da importância de premissas/logline.

Ele fala do Allen Palmer, que tem um artigo muito bom sobre como criar uma logline: http://www.crackingyarns.com.au/2010/03/25/the-most-important-27-words-a-screenwriter-will-ever-write/ Aliás, o blog dele tem muuuito conteúdo bom, vale a pena!

John Truby tem o conceito do Designing Principle, que é a lógica interna da história. É o que fato acontece.

Filme Tootsie:

  • Premissa: Quando um ator que não consegue trabalho, ele se disfarça de mulher e consegue o papel numa série de TV, e acaba se apaixonando por uma das atrizes.
  • Designing Principle: Forçar um machista a viver como uma mulher.

Para Stephen King a história vem antes do tema: Começar com as questões e preocupações temáticas (o que eu quero dizer e o que eu quero provar) é receita para má ficção. Escreva sem o tema, e depois volte e reescreva com tema.

Para o McKee você tem que ter um valor. Ex: No “O silêncio dos inocentes” o valor é que a justiça triunfa. Esse valor é universal, mas a causa é específica da história. Nesse filme, a justiça triunfa pois a protagonista é engenhosa e corajosa.

Ideia e contra-ideia:
E se a justiça triunfa, mostre cenas que a injustiça prevaleça mostrando que o crime compensa muito. Assim tem mais contraste.

Para John Truby o tema é estrutura da história! O autor defende o tema (maneira de viver) mas não através de argumentos filosóficos e sim através de ações dos personagens.

Personagens para Robert Mckee:

Personagem é uma metáfora para a natureza humana. Não é naturalismo.

Personagem é revelado pelas escolhas que ele faz sob pressão.

Protagonista tem que ter força de vontade de perseguir o desejo.

Protagonista tem que ser empático. O público quer alguém para torcer.

Protagonista tem um desejo consciente e um desejo inconsciente auto-contraditório.

Ex: Filme Ânsia de amar. O protagonista deseja procurar a mulher perfeita. Mas inconscientemente quer degradar e destruir mulheres.

O que acontece se o protagonista falhar? Tem que ter algo grande em jogo.

Antagonismo:

Valor: Justiça
Contrário: Deslealdade (um nível antes da injustiça)
Contraditório: Injustiça
Negação da negação: Tirania (justiça disfarçada de justiça)

Valor: Amor
Contrário: Indiferença
Contraditório: Ódio
Negação da negação: Ódio disfarçado de amor

Se a história não atinge a negação da negação, a história jamais será brilhante.

Dimensão de um personagem significa contradição.
Personagem tem ambição, mas tem culpa.
Religioso, mas fala blasfêmia.
Calmo, depois impulsivo.
Lúcido e confuso.

Coincidência

Pixar: Coincidências que coloquem os personagens em problemas são ótimas; as que os colocam fora deles, são trapaça.

Veja 22 dicas para escrever da pixar: https://comunicadores.info/2012/06/12/regras-pixar-criar-historia/

John Truby

Ele tem um livro muito bom: https://www.amazon.com.br/Anatomy-Story-Becoming-Storyteller-English-ebook/dp/B0052Z3M8A/ref=tmm_kin_swatch_0?_encoding=UTF8&qid=&sr=

No livro ele fala tudo isso:

O herói tem uma FRAQUEZA. Fraquezas afetam sua vida e prejudicam a vida de outras pessoas.

E tem uma NECESSIDADE que é superar a fraqueza. Ele tem que ter uma necessidade psicológica (que afeta só ele) mas é melhor se tiver também uma necessidade moral (que afeta outras pessoas).

Ele tem um DESEJO, geralmente provindo de um PROBLEMA.

OPONENTE disputa a mesma coisa q o herói. O oponente ataca implacavelmente a fraqueza do herói, forçando o herói a superá-la.

O herói aprende através do seu oponente. O melhor oponente é o que mais consegue atacar a fraqueza, é como se fosse um duplo do herói. E o argumento moral do oponente deve ser poderoso e convincente.

Frase do Kurt Vonnegut: Seja sádico. Não importa o quão doces ou inocentes sejam seus personagens principais, faça com que coisas horríveis aconteçam com eles — para que o leitor possa ver do que eles são feitos.

Herói elabora um PLANO que tem uma AÇÃO BÁSICA para alcançar o desejo. Essa ação deve estar em conflito direto com a fraqueza.

Fraqueza vs. Ação Básica = MUDANÇA

Ex: Você tem que fazer o personagem que é tímido ter que falar em público. Isso gera mudança.
Ex: Vaidoso tem que esconder o que faz, no fim acaba virando uma pessoa humilde.

Na BATALHA, o oponente ataca tanto o herói que ele fica consciente de sua falha na AUTO-REVELAÇÃO de sua necessidade psicológica e moral.

Isso gera uma mudança de caráter. Herói então toma uma DECISÃO MORAL corrigindo sua fraqueza, evoluindo e se tornando uma pessoa melhor.

Isso tudo gera um novo equilíbrio na vida do herói.

Fim

Um final deve ser ao mesmo tempo inevitável e inesperado. (Aristóteles)

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