Observação: Fiz um resumo em português do livro “The Screenwriter’s Problem Solver” do “Syd Field”. Este é apenas um capítulo, veja o resumo dos outros capítulos em: The Screenwriter’s Problem Solver – Syd Field – Resumo
Segue o Problem Sheet:
- Arena visual é estática.
- História parece confusa e complexa.
- Eventos são forçados/maquinados, previsíveis.
- O que está em jogo não é muito alto.
- Pouca ação visual.
- História é construída devagar e vagueia por muitas direções.
- Personagens não são muito definidos.
- Personagens são muito internos.
- Tudo precisa ser explicado.
- Personagens menores parecem se sobressair.
Se o protagonista tá sempre reagindo ao invés de causando coisas, se ele precisa explicar suas ações, sua situação, sua vida para outros personagens… Algo está errado!
Se você não mostra, você tem que dizer pra história andar. Então, mostre.
Exposição é um elemento chave em roteiro, é a informação necessária para fazer a história andar. Mas o segredo é como fazer isso. Através de diálogo geralmente é ruim, soa tão óbvio o diálogo que é embaraçoso. Através de imagens é melhor.
Encontrar maneiras de dramatizar a exposição. Encontre a imagem visual correta, a metáfora que serve para a história.
Em Jurassic Park, ele explicam, mas junto com imagens. Mas antes pra chamar a atenção do leitor, o roteiro começa com uma sequência com mistério e suspense.
Em filmes orientados à ação, ou mistérios ou thrillers, o autor começa com uma sequência que vai precisar ser explicada em algum momento.
Mas o importante é que a gente descubra o que está acontecendo, ao mesmo tempo que o personagem descobre! O protagonista e a audiência tem que estar tentando descobrir o que aconteceu.
Tenta não explicar nada nas 10 primeiras páginas, apenas faça o set up de tudo, demonstre a situação. E nas próximas 10 páginas, você pode fazer alguma exposição.
Seu roteiro tem bastante dinâmica visual? Ou tudo acontece em escritórios, quartos e restaurantes? Tem que ter externas!
Palavras/frases como “nervoso”, “assustado”, “O que você acha do Cris?”, “Eu te amo”, expressam sentimentos, não mostram eles.
A cenas precisam de subtexto. Subtexto é aquilo que não é dito na cena, aqueles sentimentos e pensamentos escondidos. Na verdade a cena é sempre sobre esse subtexto.
Em silêncio dos inocentes, vemos Clarice treinando com armas e lidando com situações perigosas, então no final quando ela precisa atirar no bandido, sabemos que ela é capaz de fazer isso. Se não tivéssemos visto, o final soaria falso.
Próximo capítulo: http://adrianoo.com/the-screenwriters-problem-solver-chapter-10-somethings-missing-alguma-coisa-ta-faltando-resumo/